A cirurgia de varizes por espuma (escleroterapia com espuma ecoguiada) consiste na injeção de “mousse” ou “espuma” no interior do vaso doente (varizes) de maior calibre.
Essa espuma, por ser densa, empurra o sangue preenchendo toda a luz do vaso, promovendo assim maior contato da substancia esclerosante (polidocanol) com a parede do vaso, levando a fibrose do mesmo.
O procedimento é feito com utilização do ultrassom que orienta os vasos e a quantidade de espuma a ser injetada, bem como já demonstra de imediato o resultado do tratamento (espasmo da veia).
Utilizamos o método de Tessari para realização destes procedimentos.
A cirurgia por espuma pode ser usados em vasos de grande calibre e nas safenas magna e parva.
O procedimento é feito em consultório, com punção da veia doente (guiada por ultrassom) e tem duração de poucos minutos.
O paciente não necessita internação nem repouso e é estimulado a deambular assim que termina o procedimento.
Este método não é factível para todos os casos e tem suas maiores indicações em pacientes que apresentam risco cirúrgico elevado, pacientes que não desejam ser submetidos a anestesia regional ou geral, pacientes com idade avançada, presença de ulceras e alterações tróficas de pele (dermatite ocre, dermatofiborse), situações essas que a cirurgia convencional apresenta resultados ruins e incidência maior de complicações.
Esta técnica tem o inconveniente de poder apresentar pigmentação (manchas) nas veias tratadas que desaparecem espontaneamente após 3 meses (podendo levar um a dois anos) em quase todos os casos. As primeiras semanas do tratamento a veia permanecerá endurecida (coágulo) e podem ser necessárias drenagens semanais destes trombos para acelerar o resultado. Complicações maiores como trombose e embolia são raras, assim com distúrbios visuais e cefaléia que quando ocorrem tem curta duração.